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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Saudade

Sentimento intenso, sentimento pesado
esta saudade que no peito trago é meu fardo
é de um vazio frio, é de ar doce e cruel
é de tornar insano quem prova deste amargo mel

Mas como o sutil amor da bailarina pela dança
ou o amor inocente de duas crianças
a saudade pode ser um calorzinho gostoso
um carinho, um sorriso entre um orgulhoso e um vaidoso
como num filme de drama do qual não se cansa
ou num álbum mental com belas lembranças

Nos torna tão vivos quanto o sangue nas veias
e conforme entorpece os sentidos, aviva memórias,
faz com que não passe a dor, não se fechem as feridas
mas se assim o faz, é pra dar sentido à nossas vidas
pois aquele que perdoa, mas não se esquece das histórias,
recomeça. Já aquele que se esquece, se enebria.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Amizade

Tô contigo mulher, pro que der e vier
No sol, na chuva até quando não quiser
Afinal, conheço o silêncio que você gosta de ouvir
E contigo chorarei até que você possa sorrir.

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Tô do seu lado guri, pra gritar quando não quiser ouvir
E te abraçar quando nos erros você quiser insistir.
Para sempre aqui irei lhe apoiar
independente do que digam ou do que possa imaginar.

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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Mulher


O perigo atrai,
A beleza convence,
O tolo se distrai,
Perde a linha antes que pense.
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O conteúdo é divino,
A profundidade um mistério,
Te transforma num menino,
Mas não leve tão a sério.
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Livre é, mas quer se prender
Pense bem, não é difícil entender
Só é preciso amá-la e com ela querer morrer.
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Porém o caminho não é tão curto,
Existem muitos furtos antes dos frutos
A vida é cara meu amigo, e a mulher além de curvas tem surtos.
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De Deusa a demônia ela tem seu ponto fraco,
De um calcanhar de Aquiles a um apreço por Bacco,
O que tornaria o real doce,
Não fossem no fim as lágrimas e o olhar opaco.
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Assim digo que esse coração, não se arrasa,
Não se tira pedaço, nem se corta a asa
O homem inteligente casa,
e o esperto leva pra casa.

sábado, 29 de maio de 2010

O Amor


O amor, tem origem latina da palavra amor (plural amoris), mas sua origem como sentimento em nossa espécies remonta a nossos ascendentes mais distantes. É engraçado como agora me perco em confusão, devo eu rebaixar o homem aos outros animais ou elevá-los até o pedestal que o homem crê estar?
Bem preferirei rebaixar o homem, que com toda sua prepotência e magnitude incontestáveis pelos outros animais, se dizem assumir o topo da Evolução.
Dizem eles que um animal não ama. Os mais sensíveis admitem só aqueles que estão próximos a eles um cachorro, um gato, um papagaio... Isso tudo porque eles não desenvolveram a complexidade cerebral que possui o ser humano, que desconfio estar ausente em certos indivíduos.
Na verdade o que acontece é uma simples questão evolutiva.
Em primeiro lugar o ser humano com a capacidade do pensar um pouco mais elaborada que os outros, acaba por se iludir criando histórias de ser superior, se baseando nas velhas histórias divinas ou não, para justificar a maioria de seus atos de dominação e destruição em todos os níveis.
Quanto às pessoas mais sensíveis já percebeu que o grau de apego diminui na ordem Mamíferos -> Peixes? Isso se explica pela teoria de que todos um dia viemos de uma mesma célula. De modo mais simples é mais fácil chorar pela nossa mãe, um mamífero, do que um tio-avô da Suécia, um peixe.
No meio de todos estes aspectos evolutivos a escolha de um parceiro desde os animais mais primitivos até os mais recentes tornou-se um importante fator na manutenção posterior da prole, o famoso "deixar descendentes". Esta foi se tornando mais elaborada ao longo de muitos anos, chegando à monogamia desvantajosa de várias aves e à promiscuidade humana. Isso mesmo, vamos deixar de ser hipócritas pelo menos pelo lado científico. O que os humanos chamam de amor, pra tornar a escolha do parceiro e o sexo mais "bonitos", nada mais é que um aspecto que sobreviveu à seleção natural por trazer algum benefício pra espécie. E há quem dirá que nunca amei. Respondo: o que vocês definem como amor creio já ter sentido. Era como uma droga que criava uma dependência química de serotonina, substância do prazer liberada do primeiro beijo até o sexo. Isso é uma das coisas que explica nossa frustração e dificuldade para superar um relacionamento.
O outro fator é simples, quando achamos o chamado parceiro ideal, aquele com todas as características consideradas ideais para a prole e perpetuação da espécie, perdê-lo implica em uma nova força de procura, a qual não estamos dispostos a enfrentar porque cansamos e porque criamos a tal fantasia do Amor lindo, perfeito e para sempre.

Conversando com um colega de sala, ele como muita gente considerou tal fato inaceitável. Dizia ele que era tudo muito bonito pra que a genética e a ciência pudessem explicar, que as coisas não estavam escritas mas que o amor existia por fatores metafísicos onde ele encaixou Deus. Um dia eu vou escrever sobre isso, como as pessoas gostam de usar um ser inexistente pra justificar tudo, inclusive sua existência.