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sábado, 29 de maio de 2010

O Amor


O amor, tem origem latina da palavra amor (plural amoris), mas sua origem como sentimento em nossa espécies remonta a nossos ascendentes mais distantes. É engraçado como agora me perco em confusão, devo eu rebaixar o homem aos outros animais ou elevá-los até o pedestal que o homem crê estar?
Bem preferirei rebaixar o homem, que com toda sua prepotência e magnitude incontestáveis pelos outros animais, se dizem assumir o topo da Evolução.
Dizem eles que um animal não ama. Os mais sensíveis admitem só aqueles que estão próximos a eles um cachorro, um gato, um papagaio... Isso tudo porque eles não desenvolveram a complexidade cerebral que possui o ser humano, que desconfio estar ausente em certos indivíduos.
Na verdade o que acontece é uma simples questão evolutiva.
Em primeiro lugar o ser humano com a capacidade do pensar um pouco mais elaborada que os outros, acaba por se iludir criando histórias de ser superior, se baseando nas velhas histórias divinas ou não, para justificar a maioria de seus atos de dominação e destruição em todos os níveis.
Quanto às pessoas mais sensíveis já percebeu que o grau de apego diminui na ordem Mamíferos -> Peixes? Isso se explica pela teoria de que todos um dia viemos de uma mesma célula. De modo mais simples é mais fácil chorar pela nossa mãe, um mamífero, do que um tio-avô da Suécia, um peixe.
No meio de todos estes aspectos evolutivos a escolha de um parceiro desde os animais mais primitivos até os mais recentes tornou-se um importante fator na manutenção posterior da prole, o famoso "deixar descendentes". Esta foi se tornando mais elaborada ao longo de muitos anos, chegando à monogamia desvantajosa de várias aves e à promiscuidade humana. Isso mesmo, vamos deixar de ser hipócritas pelo menos pelo lado científico. O que os humanos chamam de amor, pra tornar a escolha do parceiro e o sexo mais "bonitos", nada mais é que um aspecto que sobreviveu à seleção natural por trazer algum benefício pra espécie. E há quem dirá que nunca amei. Respondo: o que vocês definem como amor creio já ter sentido. Era como uma droga que criava uma dependência química de serotonina, substância do prazer liberada do primeiro beijo até o sexo. Isso é uma das coisas que explica nossa frustração e dificuldade para superar um relacionamento.
O outro fator é simples, quando achamos o chamado parceiro ideal, aquele com todas as características consideradas ideais para a prole e perpetuação da espécie, perdê-lo implica em uma nova força de procura, a qual não estamos dispostos a enfrentar porque cansamos e porque criamos a tal fantasia do Amor lindo, perfeito e para sempre.

Conversando com um colega de sala, ele como muita gente considerou tal fato inaceitável. Dizia ele que era tudo muito bonito pra que a genética e a ciência pudessem explicar, que as coisas não estavam escritas mas que o amor existia por fatores metafísicos onde ele encaixou Deus. Um dia eu vou escrever sobre isso, como as pessoas gostam de usar um ser inexistente pra justificar tudo, inclusive sua existência.